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Vitima de escalpelamento, parintinense se emociona ao reencontrar médica que salvou sua vida  

 A lesão geralmente muito violenta deixa cicatrizes para o resto da vida

Vitima de escalpelamento, parintinense se emociona ao reencontrar médica que salvou sua vida    Foto: Divulgação Notícia do dia 11/05/2021

 

A estudante parintinense Suellen Soares relatou em recente postagem a emoção de reencontrar a médica que segundo ela, salvou sua vida após escalpelamento quando tinha apenas 12 anos de idade. O Escalpelamento acontece quando o couro cabeludo é arrancado pelo eixo de uma embarcação, sendo um acidente recorrente na Amazônia onde o uso de pequenos barcos ainda é bastante comum. A lesão geralmente muito violenta deixa cicatrizes para o resto da vida. O impacto psicológico.

 

Em 18 de Agosto 2004, Suelen foi vitima e ficou entre a vida e a morte. Em seguida começou no hospital 28 de Agosto, em Manaus, seu longo tratamento com a Dra.Glória Buitrago. E desde então, haviam perdido contato da cirurgiã plástica.

 

Hospital São Paulo/ UNIFESP -SP.

 

"Foi a primeira pessoa que realizou os meus procedimentos de enxerto e outras cirurgias. Eu perdi 90% do couro cabeludo. Ela foi a primeira médica que auxiliou o meu tratamento. Ela cuidou de mim. Fez a cirurgia toda. Depois que ela fez esse trabalho de reconstrução de tecido, ela me encaminhou pra São Paulo, onde eu poderia fazer as outras cirurgias que eu não conseguiria fazer aqui em Manaus. Eu sou grata primeiramente a Deus, e depois a ela. Foi um anjo em meu caminho e na vida da minha família. Foi muito difícil pra nós. Durante todo esse período eu tinha um sonho que era reencontrar a Dra Glória", contou. 

 

Suelen conta que desde 2005 realiza tratamentos em São Paulo por conta da gravidade da lesão causada pelo escalpelamento.   

UNIFESP em São Paulo

 

Redes Sociais


A estudante conta que dia 4 de maio ao utilizar as redes sociais encontrou uma página referente a uma cirurgiã plástica com o nome de Glória. Ao clicar pela primeira vez na página, relatou que foi direcionada a um número de WhatsApp da profissional e que de imediato não acreditou. "No fundo do meu ser, eu tinha certeza aqui uma hora eu ia reencontrar a Dra Glória. Fui no link 
fala que ela tirava plantão no hospital 28 de Agosto na área de Queimados. Quando vi aquilo eu não sei se ficava alegre ou se o nervoso tomava conta de mim... Quando eu tive certeza que era ela, mandei mensagem pro WhatsApp... Meu Deus eu encontrei a doutora que salvou a minha vida. O meu caso era muito crítico. Minha situação era de vida ou morte. Se não tivesse um médico para fazer os primeiros procedimentos, eu não estaria aqui", lembrou emocionada.


Reencontro


Suelen conta que o primeiro contato foi com a secretária da médica que ele atendeu de forma educada e agendou o primeiro encontro, que não pode acontecer por conta das aulas da estudante de enfermagem. Mas que em seguida conseguiu reagendar para quinta-feira, dia 6 de maio. 

 

"Foi uma felicidade tão grande. Uma alegria. Fiquei desde quarta-feira ansiosa, porque fazia  anos que eu ia encontrar a pessoa que fez os primeiros procedimento. Quando eu cheguei ao consultório viva, é como se eu não estivesse em mim. É um sentimento de gratidão, de alegria e felicidade. Quando eu entrei, não consegui conter a minha emoção, a minha gratidão por ela. Vou ficar frente a frente com alguém que lá atrás salvou a vida daquela menina com 12 anos que logo no outro dia completou 13. Conversamos bastante, ela também se emocionou. Ela não esperava. Ela conseguiu lembrar... Eu sou muito grata a Deus em primeiro lugar. A minha família e a ela. Hoje estou realizada. Só quem me acompanhou, sabe o drama que nós vivemos", relatou. 

 

HOJE 

 

Suelen hoje está no quarto período do curso de enfermagem e tem como meta daqui a alguns anos está servindo com amor as pessoas que necessitam. 

 

Disse que mesmo enfrentando preconceitos, segue adiante. "Hoje uso meus lenços, próteses capilares. Me sinto bem, sou uma mulher, uma menina feliz. Não ligo para as críticas. Sigo minha vida feliz, lutando pelo meus sonhos e digo  que a gente tem que viver  de acordo com que Deus permite. Não sei o motivo e o porque aconteceu isso comigo, mas Deus nos prepara para ver até onde vai a nossa fé. Consegui manter a minha fé e consegui dar a volta por cima.", concluiu.

 

 

 

Márcio Costa/ Edição Denise Albuquerque/AmEmPauta